A maioria das crónicas de João de Araújo Correia respeita à região do Douro, também conhecida por Alto Douro. Ele colaborou em jornais e revistas de âmbito nacional e regional, tendo tido uma valorosa intervenção cívica, com alertas, críticas e sugestões. Preocupou-se com a memória colectiva do Douro procurando recuperá-la e fixá-la ao mesmo tempo que pesquisava as suas raízes identitárias. Também divulgou e valorizou o património cultural da região, defendendo com tenacidade a sua preservação. Neste estudo destacamos tão só o contributo de Araújo Correia para a defesa da memória, da identidade e do património cultural da região do Douro, bem sabendo que o património natural foi também defendido persistentemente pelo escritor.

João de Araújo Correia ao publicar as suas crónicas durienses em livros e no jornal O Arrais do Peso da Régua, desde o primeiro número de 23-3-1978 até à data da morte (31-12- 1985) pretendeu salvaguardar a memória, a identidade e o património cultural do Douro, cujo aproveitamento turístico já considerava um factor de desenvolvimento económico.